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Círculo de Leituras - A Diplomacia na Construção do Brasil: Governo Jânio: frustração interna e ponto de ruptura em política exterior

Organizadores/Docentes: Professora Eunice Prudente, Professor Gustavo Monaco, Professora Maria Angélica Fernandes, Professor Silvio Serrano Nunes, Fernando Pereira, Renata Rodrigues, Renato Rodrigues e Equipe do Círculo de Leituras do Laboratório Diplomático da USP

Carga Horária Total: 2 horas

Data: 13/09/2025

Horário: 10h às 12h

Dia da Semana: Sábado

Modalidade: online

Público-Alvo: Todos os cidadãos, especialmente estudantes, que demonstrem interesse por história, história diplomática, história da política externa, pela carreira diplomática e pelo estudo de política internacional, sem a exigência de formação acadêmica específica ou de envolvimento pretérito em atividades profissionais voltadas à diplomacia, mediante inscrição.
 

Eixos Temáticos

  • administração pública; 
  • interno e social;
  • inovação e tecnologia;
  • políticas públicas;
  • direitos humanos; 
  • redução das desigualdades sociais;
  • Cultura.

 

Fazer inscrição


Objetivos de Aprendizagem

O Círculo de Leituras é uma das atividades propostas pelo LaD em conjunto com a EGC e terá como objeto de estudo a obra “A Diplomacia na Construção do Brasil”, livro de referência para compreender a história da política externa brasileira.

A atividade visa oferecer e discutir com os participantes um panorama aprofundado da história diplomática brasileira e do papel da diplomacia na formação do Estado nacional. A partir da obra de Rubens Ricupero, especialmente seu testemunho direto sobre sua participação no Estado Brasileiro na segunda metade do século XX, pretende-se desenvolver entre os membros competências de compreensão e análise da política externa brasileira. Espera-se que os participantes aprendam a identificar continuidades e rupturas na prática diplomática, relacionando-as com o contexto político-institucional, e entendam as tradições e contribuições da diplomacia brasileira para o Brasil e o Estado Brasileiro.

Pretende-se que os membros, ao fim do desenvolvimento das atividades planejadas, sejam capazes de compreender, de forma integrada, o papel da atividade diplomática para a manutenção da estrutura interna e externa do Estado, bem como seu papel histórico na formação do Território e da Nação Brasileira.

Sobretudo, considerando-se o período histórico que será analisado, o membro deverá ser capaz de entender a complexa relação entre a política interna e política externa se influenciando mutuamente e como a prática diplomática insere o Brasil no cenário internacional.

Competências a serem desenvolvidas

Ao final da atividade, os membros deverão ser capazes de:

  1. contextualizar os principais eventos da Política Externa Brasileira na segunda metade do século XX;
  2. interpretar as narrativas de Ricupero sobre diplomacia no quadro da construção nacional;
  3. dialogar com perspectivas de diplomatas reconhecendo sua contribuição ao pensamento da política externa brasileira.

O participante que ler em sua integralidade a obra "A diplomacia na Construção do Brasil" de Rubens Ricupero, poderá compreender como a diplomacia brasileira desempenhou papel decisivo nas principais etapas da evolução histórica nacional, desde o período colonial até os dias atuais.

Pela leitura integral da obra é possível perceber influência das relações exteriores na independência, no fim do tráfico de escravizados, na inserção internacional através do regime de comércio, nos fluxos migratórios, na consolidação da unidade territorial ameaçada pela instabilidade na região platina, e no processo de industrialização e desenvolvimento econômico.

Em específico para o período que será abordado nos encontros (A partir da Constituição de 1946), o participante deverá também desenvolver a capacidade de integrar a diplomacia aos fatores políticos, econômicos e sociais que a determinam, superando visões fragmentadas que isolam as relações exteriores do contexto nacional. Adicionalmente, espera-se que o aluno possa identificar como se formou a identidade internacional brasileira e compreender a construção institucional e discursiva da imagem do Brasil como nação dotada de características específicas no cenário mundial, reconhecendo a diplomacia como elemento indissociável da história nacional e instrumento fundamental na construção do país.

Justificativa

A política externa brasileira é componente essencial da construção nacional e deve ser compreendida em sua dimensão histórica para aprimorar a atuação dos gestores públicos.

A atividade diplomática no Brasil ainda é cercada por percepções equivocadas ou desconhecimento do grande público. Ainda há um sentimento de elitização do acesso à carreira, embora iniciativas recentes tenham permitido em alguma medida a mitigação desse cenário.

Os cursos de graduação, por sua vez, estão dissociados da vivência prática dessa área. Dito isso, apesar do interesse de alguns indivíduos na formação para ingresso na carreira diplomática, ou mesmo em compreender os desdobramentos da política internacional, sobretudo em um cenário de grande polarização, há poucas iniciativas que permitam essa integração.

Por sua vez, o LaD acredita que a leitura da obra do professor Ricupero, já convidado para o programa Encontros Plurais realizado pelo Tribunal de Contas do Município, se mostra fundamental para compreender o papel histórico do Brasil nas relações internacionais, a formação histórica da diplomacia brasileira e suas relações com o desenvolvimento institucional brasileiro.

A escolha de iniciarmos a leitura pela segunda metade da obra ocorre para permitir a leitura dentro de um semestre e pelo fato de que os eventos descritos a partir da segunda metade do século XX, além de mostrarem uma rica interpretação histórica, foram não só testemunhados mas tiveram a participação do Professor Ricupero em suas atividades como estudante, diplomata e Ministro de Estado.

Estimula-se também o desenvolvimento de habilidades discursivas formais, coerentes com o padrão de comunicação diplomática e acadêmica do setor público.

Também é esperada a compreensão abrangente do significado e da importância da atividade diplomática em sua dimensão histórica; Capacidade de análise crítica dos temas correlacionados à história da política externa brasileira e de identificação de nuances, interesses, motivações e implicações das decisões diplomáticas; aquisição de visão prática e realista das relações e das negociações internacionais; entendimento da dinâmica dos organismos multilaterais; compreensão abrangente do significado e da importância da atividade diplomática; entendimento dos principais conceitos à história da política externa; estabelecimento de uma comunidade de apoio e de troca de informações, constituída por membros e por interessados nas carreiras internacionais; e desenvolvimento de demais competências consideradas cruciais para o exercício de funções ligadas ao âmbito diplomático e paradiplomático.

Metodologias

  • Estudos de caso 
  • Debates (indagação) 
  • Microaprendizagem (microlearning)
  • Sala de Aula Invertida
  • Visitas Técnicas
     

Conteúdo Programático

Encontro 5

Parte VIII | O Breve Período da Constituição de 1946: Do Governo Dutra do Golpe Militar De 1964

Leitura obrigatória do tópico:

  • Governo Jânio: frustração interna e ponto de ruptura em política exterior (p. 407-419)

 

Parcerias e Meios de Implementação

Encontros realizados na modalidade online para discussão dos tópicos.

 

Avaliação

  • Formativa: busca identificar o progresso da aprendizagem dos participantes através do diálogo de forma gradual perante um conjunto de objetivos de aprendizagem que se pretende desenvolver durante a atividade.
  • Avaliação Dialógica e participativa: considerando a presença, interação e trocas entre os membros do círculo.
     

Referências Básicas

RICUPERO, Rubens. A diplomacia na construção do Brasil (1750-2022). 2. ed. Rio de Janeiro: Versal Editores, 2024.

RICUPERO, Rubens. Memórias. 1 ed. Rio de Janeiro: Unesp, 2024.

FONSECA JR., Gelson (org.). Política Externa Brasileira: História e Historiografia. Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG), 2023.

Referências Complementares

ALBUQUERQUE, José Augusto Guilhon, SEITENFUS, Ricardo e NABUCO DE CASTRO, Sérgio Henrique. 60 anos de política externa. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2006.

AMORIM, Celso. Teerã, Ramalá e Doha: memórias da política externa ativa e altiva. São Paulo: Benvirá, 2015.

BANDEIRA, Moniz. O governo João Goulart: as lutas sociais no Brasil (1961-1964). 8. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010.

BANDEIRA, Luiz Alberto Moniz. Brasil, Argentina e Estados Unidos. Da Tríplice Aliança ao

Mercosul 1870-2003. Conflito e Integração na América do Sul. Rio de Janeiro: Editora Revan,2003.

BARRETO, Fernando de Mello. Diplomacia: tradições, mudanças e desafios. 1 ed. Brasília: FUNAG, 2024.

BARRETO FILHO, Fernando de Mello. Os sucessores do Barão: relações exteriores do Brasil (1912-1964). Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2001. 364 p. ISBN 978-85-219-0389-5.

CERVO, Amado Luiz & BUENO, Clodoaldo. História da Política Exterior do Brasil. Brasília: Instituto Brasileiro de Relações Internacionais/Editora da Universidade de Brasília, 2002

DORATIOTO, Francisco e VIDIGAL, Carlos Eduardo. História das relações internacionais do Brasil. São Paulo: Saraiva, 2014.

GOES FILHO, Synésio Sampaio. Navegantes, bandeirantes, diplomatas. Brasília: FUNAG, 2015.

GRIGUOL DE MATTOS, Pedro; AUGUSTO MANSOR DE MATTOS, Fernando. Hiperconcentração da renda e da riqueza: como medir e por que é importante ampliar a discussão além do aspecto econômico. Revista Simetria do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, [S. l.], v. 1, n. 12, p. p. 155–172, 2023. DOI: 10.61681/revistasimetria.v1i12.168. Disponível em: https://revista.tcm.sp.gov.br/simetria/article/view/168. Acesso em: 25 jun. 2025.

JAGUARIBE, Hélio. O Nacionalismo na Atualidade Brasileira (FUNAG, 2002)

LAFER, Celso. Relações Internacionais, Política Externa e Diplomacia Brasileira: Pensamento e Ação – Volume 1 e 2 (FUNAG, 2019)

LESSA, Antônio Carlos; VIDIGAL Jr., Carlos Eduardo; DORATIOTO, Francisco Fernando Monteoliva (orgs.). História das Relações Internacionais do Brasil. São Paulo: Saraiva Uni, 2022.

LEONI, Fernanda. A dogmática do interesse público: Parâmetros mínimos para a adequação do princípio da supremacia do interesse público à atualidade. Revista Simetria do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, [S. l.], v. 1, n. 10, p. 144–161, 2022. DOI: 10.61681/revistasimetria.v1i10.141. Disponível em: https://revista.tcm.sp.gov.br/simetria/article/view/141. Acesso em: 25 jun. 2025.

PIMENTEL, José Vicente de Sá (org.). Pensamento Diplomático Brasileiro: Formuladores e Agentes da Política Externa (1750-1964), vols. I-III (FUNAG, 2016)

RICUPERO, Rubens. Visões do Brasil: ensaios sobre a história e a economia brasileira. Rio de Janeiro: Versal Editores, 2017. 512

RODRIGUES, José Honório. Interesse nacional e política externa. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1966.

SCHWARCZ, Lilia Moritz (coord.). História do Brasil Nação. (5 volumes). Rio de Janeiro:

Objetiva, 2011-2014.

 

Apoio Institucional

O Laboratório Diplomático da USP (LaD) é uma atividade extensionista curricularizada (AEX) na Comissão de Cultura e Extensão (CCEX) da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. O LaD é um grupo criado por estudantes da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco (FDUSP), com a participação de membros e externos e é coordenado pelo professor titular de Direito Internacional Privado da FDUSP, Gustavo Ferraz de Campos Monaco. Entre algumas das iniciativas já realizadas pelo LaD estão o mini-curso “Diplomacia: Teoria e Prática”, ministrado pelo Professor e Embaixador Fernando de Mello Barreto, e o simpósio “100 dias de Governo Trump”, que contou com convidados como Filipe Nobre Figueiredo, Guilherme Casarões, Jacques Marcovitch, Roberto Borghi e Carlos Portugal Gouvêa, dentre outras atividades.


Breve Currículo

Profa. Dra. Eunice Prudente

Graduada em Direito (1972), mestre (1980) e doutora (1996) pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Atualmente é professora sênior do Departamento de Direito do Estado da Faculdade de Direito da USP, onde ministra disciplinas nos cursos de Graduação e integra os programas de mestrado e doutorado nas áreas Direito do Estado e Direitos Humanos. Advogada militante integrou o Conselho da Ordem dos advogados do Brasil, bem como a diretoria Seção são Paulo e a diretoria da Escola Superior de Advocacia (ESA) da OAB-SP. Como gestora pública foi Diretora-Executiva da Fundação Procon-SP (2006); Secretária de Justiça e Cidadania do Estado de São Paulo (2007-2008).

Profa. Dra. Maria Angélica Fernandes

Doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência Humanas e Socias da UFABC. Mestre em sociologia pela PUC-SP. Especialista em Direito Público Municipal pela EGCTCMSP e graduada em Comunicação Social pela Universidade Metodista de São Paulo. É coordenadora do GT de Gênero do Observatório de Políticas Públicas do TCMSP. Gestora Pública. Participa do Núcleo de Estudos de Gênero Esperança Garcia da UFABC e seu objeto de estudo é Mulheres e Poder e grupo de pesquisas do CNPq "RESISTÊNCIAS. Controle social, Memória e Interseccionalidades". Áreas de pesquisa: estado, representação política, poder, feminismo, estudos de gênero e políticas públicas.

Prof. Dr. Silvio Gabriel Serrano Nunes

Doutor, mestre, licenciado e bacharel em Filosofia pela USP, estágio de Doutorado na Université Paris 1 Panthéon-Sorbonne, advogado, bacharel em Direito pela PUC-SP, especialista em Direito Administrativo pela FADISP, docente da Escola Superior do TCM-SP; professor do programa de Mestrado Acadêmico em Direito Médico da UNISA.

 


Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) relacionados ao curso:


 


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