Organizadores/Docente: Prof. Dr. Silvio Gabriel Serrano Nunes e Profa. Drª Harmi Takiya (Organizadores); Profa. Maria Izabel Mariano (Docente).
Carga Horária Total: 02 horas
Data: 09/09/2025
Horário: 14h às 16h
Dia da Semana: terça-feira
Modalidade: online
Público-Alvo: Qualquer pessoa interessada em compreender os efeitos do calor extremo na saúde humana, sem necessidade de formação acadêmica ou conhecimento prévio.
Eixos Temáticos:
Objetivos de Aprendizagem:
O curso busca oferecer conhecimento e informação sobre o que são ondas de calor extremo, vulnerabilidade climática e apresentar as ações realizadas pela cidade de São Paulo para enfrentamento dos efeitos das mudanças climáticas na saúde humana. O enfoque é não apenas atual e relevante, mas também essencial para que os interessados e preocupados com o tema, fortaleçam sua capacidade de atuação e busquem ações mais efetivas de mitigação e adaptação aos efeitos das ondas de calor na saúde.
Pretende-se relacionar os efeitos das ondas de calor extremo na saúde humana, em especial em grupos vulneráveis, e compreender as desigualdades sociais associadas à exposição ao calor extremo. É fundamental compreender o fenômeno das ondas de calor extremo como uma das principais ameaças à saúde das pessoas.
Intenciona-se discutir como várias cidades ao redor do mundo, estão reagindo às ondas de calor.
Espera-se estimular a reflexão crítica sobre direito à saúde e políticas públicas, além de contribuir para a conscientização de medidas de proteção e adaptação.
Competências a serem desenvolvidas:
Compreender o que são ondas de calor extremo, por que estão se tornando mais frequentes, identificar os seus efeitos na saúde humana e demonstrar capacidade de prevenção aos riscos da exposição as ondas de calor extremo. Além do fortalecimento da conscientização sobre a necessidade de políticas públicas integradas entre planejamento urbano, clima e saúde
Justificativa
Com o avanço das mudanças climáticas, cresce o número de eventos climáticos extremos, como as ondas de calor, que estão se tornando mais intensas, prolongadas e frequentes e agravadas pelo fenômeno das ilhas de calor urbano. Além disso, as ondas de calor extremo têm uma série de impactos negativos na saúde e aumentam os riscos de morte por condições crônicas. Ao contrário de outros eventos climáticos extremos, como tornados e enchentes, o calor passa a sensação de ser menos agressivo ou mais tolerável pelas pessoas. É essa falsa percepção que faz com que as ondas de calor sejam extremamente perigosas para a saúde humana. Carlos Nobre alerta que também a riscos de colapso nos serviços de saúde pública. Em 2023 a cidade de São Paulo teve 108 dias com temperaturas iguais ou maiores que 30ºC, destaque para 38,3ºC em novembro. De acordo com a Fiocruz e a UFRJ, em quase vinte anos a cidade de São Paulo registrou 14.850 mortes em decorrência do calor. Diante desse cenário, este curso será uma oportunidade para se compreender como as ondas de calor extremo impactam a saúde humana, identificar os grupos mais vulneráveis, conhecer quais regiões da cidade de São Paulo são mais vulneráveis, além disso descreverá o que a cidade de São Paulo vem fazendo para enfrentar os efeitos das ondas de calor na saúde humana.
Metodologias
Aula expositiva dialogada, com o uso de slides.
Conteúdo Programático
O curso foi organizado para abordar os impactos das ondas de calor extremo na saúde humana, destacando os grupos vulneráveis e as ações da cidade de São Paulo para enfrentamento as ondas de calor.
Referências Básicas
AMBRIZZI T. Dados comprovam aumento de eventos climáticos extremos em São Paulo. Jornal da USP, 20.02.2020. São Paulo. Disponível em: https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-ambientais/dados-comprovam-aumento-de-eventos-climaticos-extremos-em-sao-paulo/
ARTAXO, P. E. N. “Mudanças Climáticas são uma das maiores ameaças à saúde pública atualmente”. Informe ENSP - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. 2024. Disponível em: https://informe.ensp.fiocruz.br/noticias/54966
FAPESP, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo. Frio e Calor Mataram 1427 mil Pessoas em Cidades Brasileiras. nº 348, ano 26. fev./2025. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/frio-e-calor-mataram-1427-mil-pessoas-em-cidades-brasileiras-de-1997-a-2018/
MARENGO, J. A. O futuro clima do Brasil. Revista USP, São Paulo, n. 103, p. 25-32, 2019.
NOBRE, C. A. et al. Vulnerabilidade das Megacidades Brasileiras às Mudanças Climáticas: Região Metropolitana de São Paulo. Sumário Executivo. 2010. Disponível em: http://mudancasclimaticas.cptec.inpe.br/~rmclima/pdfs/publicacoes/2010/SumarioExecutivo_megacidades.pdf
NOBRE, C.A. Revista FCW Cultura Científica. Entrevista. Publicação 23/08/2024.Disponível em: https://www.fcw.org.br/culturacientifica7/carlos-nobre.
OBSERVATÓRIO NACIONAL DE CLIMA E SAÚDE. Análise de Situação em Clima e Saúde. Organização. Diego Ricardo Xavier e Renata Gracie. Rio de Janeiro, 2017. Disponível em: https://climaesaude.icict.fiocruz.br/publicacao/analise-de-situacao-em-clima-e-saude
REDE NOSSA SÃO PAULO. Mapa da Desigualdade 2023.São Paulo, 28 nov.2023. Disponível em: https://www.nossasaopaulo.org.br/2023/11/28/mapa-da-desigualdade-ganha-novo-formato-e-agora-traz-a-classificacao-dos-96-distritos-de-sao-paulo/
SALDIVA, P. H. N. Vida urbana e saúde. Os desafios dos habitantes das metrópoles. São Paulo: Contexto, 2018.
_____. Megacidades Vulneráveis. Revista Fapesp nº 162 agosto 2009.Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/megacidades-vulneraveis
SÃO PAULO. Plano de Ação Climática do Município de São Paulo 2020-2050 – Sumário Executivo. Disponível em: https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/meio_ambiente/arquivos/Sum_ExecutivoSP_Baixa.pdf
Breve Currículo
Docente:
Maria Izabel Mariano, graduada em Gestão Pública pela Faculdades de Tecnologia do Estado de São Paulo (FATEC-SP), especialista em Políticas Públicas pela Escola Superior de Gestão e Contas do Município de São Paulo. Mariaizabel.lucio@gestaopublica.etc.br
Organizadores:
Harmi Takiya
Geóloga , Profa. da Escola de Gestão e de Contas, Coordenadora Adjunta do OPP./TCMSP, Mestre e Doutora pelo Instituto de Geociências (USP). Pós-doutorado em dados abertos pela Escola Politécnica (USP).
Silvio Gabriel Serrano Nunes
Doutor, mestre, licenciado e bacharel em Filosofia pela USP, estágio de Doutorado na Université Paris 1 Panthéon-Sorbonne, advogado, bacharel em Direito pela PUC-SP, especialista em Direito Administrativo pela FADISP, docente da Escola Superior do TCM-SP; professor do programa de Mestrado Acadêmico em Direito Médico da UNISA.
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) relacionados ao curso: