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Assessoria de Imprensa

A Escola de Gestão e Contas (EGC) e a Gestão das Relações do Trabalho (GRT) do Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCMSP) promoveram, na terça-feira (16/11), o 14º e último encontro de 2021 do Programa Ecos do Comportamento, com o tema: “Contribuições da Ergonomia para o Teletrabalho”. E para falar sobre o assunto de grande relevância e atualidade, especialmente em razão das transformações que ocorreram no âmbito profissional com a chegada da pandemia, foram convidadas as fisioterapeutas que atuam no TCMSP, Glaucie Brasil Fabbrini e Maria de Lourdes Kowara.

 

A fisioterapeuta Glaucie Fabbrini possui especialização em RPG (Reeducação Postural Global) e em Fisioterapia Esportiva. Maria de Lourdes, além de fisioterapeuta, é especialista em acupuntura pela Associação Brasileira de Acupuntura, com MBA em Serviços de Saúde.

 

Para mediar o encontro, foi designada a professora da EGC, psicóloga e gestora da GRT do TCMSP, Luiza Correia Hruschka. Segundo ela, o tema do encontro é de fundamental importância nos dias atuais, pois a pandemia trouxe grandes mudanças, entre as quais a opção pela modalidade de teletrabalho. E como esse sistema, aliado ao híbrido – parte presencial e parte à distância -, ao contrário do que se pensava de início, vem se tornando definitivo nas instituições públicas e privadas, o trabalho precisa ser pensado para evitar que provoque prejuízos à saúde dos profissionais. O descuido pode afetar a saúde física e emocional, que são “fundamentais para que tenhamos uma boa produtividade, para que a gente tenha qualidade de vida na nossa rotina diária de trabalho”, salientou a gestora da GRT.

 

Na sequência, a mediadora passou a formular questionamentos ligados ao tema em debate dirigidos às especialistas alternadamente.

 

De início, Glaucie conceituou Ergonomia como a ciência que estuda o ambiente de trabalho relacionado ao ser humano. Seu objetivo, segundo ela, é adaptar o trabalho ao ser humano, e não o inverso. A matéria analisa as condições de trabalho, considera o risco a que o trabalhador está sendo submetido e propõe soluções. Pode ser aplicada na linha de montagem de uma fábrica, por exemplo. Avalia se o trabalhador desempenha suas atribuições em pé ou sentado, quais os movimentos que executa, como estão as condições de iluminação do local, os ruídos, tudo é observado pela Ergonomia. O mesmo se aplica a uma cozinha industrial, um hospital ou escritório.

 

“Hoje vamos falar sobre a Ergonomia e o teletrabalho. De que maneira você pode melhorar o ambiente de trabalho na sua casa, para evitar futuras lesões e oferecer o maior conforto, para o melhor desempenho do seu trabalho”, asseverou Glaucie.

 

Para Maria de Lourdes, com a pandemia tivemos que nos adaptar a várias situações. O trabalhador teve que se adaptar em casa com as condições que tinha. Com isso, surgiu a preocupação com a questão das doenças ocupacionais, as queixas de dores musculares, cefaleias etc. E agora, com quase dois anos de pandemia, as empresas estão se preocupando com as condições de trabalho em casa.

 

Ela ressaltou que as fisioterapeutas também tiveram que se adaptar. Autorizadas pelo conselho que regula a atividade, passaram a fazer o teleatendimento. “E nós, no Tribunal, passamos a fazer o teleatendimento de pacientes com sequelas do pós Covid”, informou.

 

Entre os principais desafios para o teletrabalho, Glaucie citou, em primeiro lugar, a questão do perfil de quem vai lidar com essa modalidade. “Nem todo mundo se adapta”, advertiu. Segundo ela, tem gente que prefere trabalhar ao lado do gestor. Outro desafio é o ambiente da casa, como é possível organizar, separar um cômodo específico. Citou as orientações ergonômicas de mesa, cadeira, os horários para acordar, tomar café, pausas para o almoço, além da organização de horários em consonância com a dinâmica da casa.

 

Maria de Lourdes acrescentou que a preocupação com a ergonomia no ambiente de teletrabalho considera não somente aspectos físicos, como o mobiliário, mas abrange também aspectos emocionais.

 

Por meio de projeções, Glaucie apresentou algumas soluções ergonômicas para o teletrabalho. Dentre elas a escolha do ambiente, para não transformar o espaço num caos dificultando a concentração; não permanecer em posição inadequada, deitado ou com equipamento sobre o colo enquanto trabalha; não utilizar a cozinha para trabalho, por ser um cômodo com muito barulho e movimento. Sugeriu a organização dos horários, a troca de roupas para trabalhar. Falou, ainda, sobre a escolha da mesa, indicando a altura correta da mobília em relação à estatura da pessoa; da cadeira, de preferência ergonômica, com rodízio, controle de altura, apoio de braços e coluna, suporte para a região lombar e apoio para os pés. Também discorreu sobre a altura e distância do monitor, do teclado e mouse.

 

Quando questionada pela mediadora quanto aos benefícios e vantagens para as organizações quando os profissionais passam a se preocupar com a ergonomia, Maria de Lourdes ressaltou que a melhora do conforto e bem-estar do profissional diminuem as queixas de dores musculares, problemas de coluna, tendinites e as lesões por esforço repetitivo (LER), diminuindo consequentemente os afastamentos para tratamento da saúde, com melhora da produtividade. “E o trabalhador se sente mais valorizado pelas empresas”, salientou.

 

Glaucie falou também acerca da importância da iluminação adequada como fator ambiental importante, aliada à temperatura equilibrada e ausência de ruído. A iluminação deve ser branca, difusa, de preferência com luz natural. Ela lembrou que a própria luz do computador pode cansar após muito tempo de exposição. “O que pode causar dor de cabeça por fadiga ocular”, afirmou.

 

Maria de Lourdes ressaltou, ainda, que a ginástica laboral pode ser adaptada e garantir benefícios importantes no teletrabalho. Ela sugeriu a inclusão de pausas de dez minutos a cada hora trabalhada, aproveitando o intervalo para fazer um alongamento, uma pequena caminhada ou mesmo tomar água. Por fim, apresentou exemplos de exercícios para pescoço, ombros, braços e pernas.

 

Após responderem às perguntas formuladas pelas pessoas que acompanharam o evento em tempo real pelas redes sociais da EGC, as fisioterapeutas apresentaram um vídeo inédito sobre Ergonomia, produzido por elas em parceria com a Assessoria de Imprensa do TCMSP, e que será disponibilizado aos interessados de forma permanente na intranet.

 

O próximo encontro do Programa Ecos do Comportamento ocorrerá em março de 2022. A série conta com o apoio da Astcom (Associação dos Servidores do TCMSP) e do Fórum Nacional de Auditoria do Instituto Rui Barbosa (IRB), e tem como objetivo trazer temas importantes para o autoconhecimento e para o desenvolvimento das competências comportamentais e socioemocionais para gestores e colaboradores de instituições públicas e privadas. Para assistir aos demais eventos do programa, basta acessar o portal da EGC.

 

 

 

A fisioterapeuta Glaucie Fabbrini possui especialização em RPG (Reeducação Postural Global) e em Fisioterapia Esportiva

 

Maria de Lourdes, além de fisioterapeuta, é especialista em acupuntura pela Associação Brasileira de Acupuntura, com MBA em Serviços de Saúde

 

A professora da EGC, psicóloga e gestora da GRT do TCMSP, Luiza Correia Hruschka, realizou a mediação do evento