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Assessoria de Imprensa
25/02/2019

Apresentar a realidade da conformação do sistema de esgotos da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) foi o foco do primeiro debate do ciclo "Poluição Hídrica na Região Metropolitana de São Paulo", que aconteceu na manhã de quinta-feira (28/02) no auditório da Escola de Contas do Tribunal de Contas do Município (TCMSP). Esteve em pauta a poluição dos rios, suas causas e efeitos sanitários e ambientais para a população que habita a região e o tratamento que recebem os dejetos domésticos e não domésticos.

Para explicar o tema, a Escola convidou o engenheiro e diretor técnico da empresa Ambiental do Brasil Tratamento de Resíduos, José Eduardo Cavalcanti, e como mediador o ex-vice-presidente do Instituto de Engenharia, Amandio Martins. A plateia interagiu com o palestrante e pôde fazer perguntas e comentários sobre galerias, piscinões, casos de enchentes e poluição em geral.

Cavalcanti passou pelos principais marcos históricos da conformação de esgotos na cidade, traçando um paralelo com outros estados e países. Segundo o engenheiro, a cidade do Rio de Janeiro foi a terceira do mundo a ser dotada de rede de esgotos sanitários, a assinatura do contrato aconteceu em 26 de abril de 1857, precedida apenas por Londres (1815) e Hamburgo (1842).

A primeira iniciativa em São Paulo data de 1863, quando o governo da Província comissionou o engenheiro James Brunless, de Londres, para estudar um plano geral de abastecimento de água, coleta e disposição dos esgotos para a capital. Antes disso, no final do século XVIII e início do XIX, os excrementos eram jogados do alto de janelas, do segundo pavimento das casas, e se acumulavam nas ruas e calçadas.

O sistema de esgotamento adotado inicialmente foi o "misto" ou "separador parcial inglês", que compreendia duas redes distintas: uma para águas pluviais e outra para os esgotos sanitários e contribuições das águas pluviais dos pátios internos e telhados dos prédios.

Por influência do regime monárquico, tanto no Rio quanto em São Paulo um chamamento para a adoção do sistema privado era realizado. Isso acontecia porque não havia dinheiro para sustentar o serviço.

Em 13 de dezembro de 1929, um acordo foi celebrado entre o governo e a empresa Light & Power para represamento de rios e regularização do abastecimento de água na capital. "A Light, empresa responsável, fez a retificação e reversão do Rio Pinheiros; a construção das duas estações elevatórias (Traição e Pedreira); a estrutura do retiro, aquela que está na embocadura dos rios Tietê e Pinheiros; aumentou a barragem de Santana de Parnaíba; construiu a barragem de Pirapora e o elevou o Reservatório Billings. Isso foi em 1930, para o benefício da chamada indústria elétrica", descreveu o palestrante.

Em 1937 foi projetada a Estação Experimental de Tratamento de Esgotos no Ipiranga, "a primeira com processos biológicos (até então os tratamentos eram físico-químicos)", contou Cavalcanti.

Já em 1952 houve o primeiro grande plano de esgoto de São Paulo, um plano geral com a firma Greeley&Hansen. "Ela foi contratada porque não havia, no Brasil, tecnologia para fazer um Plano Diretor de esgoto", contou o palestrante, completando ainda que "esse plano recomendou a construção de cinco estações de tratamento: as de Vila Leopoldina, Pinheiros, Santo Amaro, Casa Verde, Penha e São Caetano”.

O governo do Estado de São Paulo, em 1975, aprovou a Lei de Proteção dos Mananciais da RMSP e o Projeto Sanegran pra a despoluição do Rio Tietê na Região Metropolitana. "Hoje, o plano de esgoto de São Paulo é composto em seu sistema principal de cinco estações de tratamento: Barueri, ABC, Suzano, Novo Mundo e São Miguel Paulista."

O Plano Diretor de Esgoto da Região Metropolitana de São Paulo foi entregue à Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) em 2011. A Sabesp administra, por exemplo, o Projeto Tietê, que tem por objetivo a coleta e o tratamento do esgoto e a despoluição do Rio.

Muita coisa ainda há de ser feita já que "os rios são contaminados por esgotos sanitários, além da poluição difusa", como informa o professor. Os efeitos da poluição difusa, que atinge os rios direta ou indiretamente por enchentes, são oriundos das sujeiras das ruas, hábito associado principalmente a uma educação sanitária deficiente da população.

Ao final do evento, o palestrante recebeu um certificado de participação da Escola de Contas.

Assista o evento completo aqui.

Engenheiro e diretor técnico da empresa Ambiental do Brasil Tratamento de Resíduos, José Eduardo Cavalcanti

A plateia fez comentários e contou experiências

Ex-vice-presidente do Instituto de Engenharia, Amandio Martins

Perguntas foram realizadas durante a explanação

Ao final do evento, o palestrante recebeu um certificado de participação da Escola de Contas.

 


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