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Assessoria de Imprensa, 12/11/2021

Nesta quinta-feira (11), aconteceu via videoconferência a Mesa 4 do Ciclo de Debates “O Impacto da Pandemia da Covid-19 na Saúde Pública em São Paulo” no canal do Youtube da Escola de Gestão e Contas do Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCMSP). O tema da vez foi “Impactos da Pandemia na Saúde Materna e Infantil e no Planejamento Reprodutivo.


mesa 4 ciclo de debates
A moderação do encontro ficou a cargo de Marian Bellamy, professora da EGC do TCMSP e participaram como palestrantes Raquel Zanatta (professora da UFMG), Simone Diniz (professora da USP) e Helena Sato (da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo).

Marian começou a noite de palestras falando da importância de se realizar uma discussão para o pós-pandemia. “A saúde da mulher está entre elas, precisamos compreender as temáticas da saúde materna para que o Poder Executivo possa direcionar e o controle externo e social possam acompanhar a política pública de saúde”.

Em seguida, foi a vez da professora da Faculdade de Saúde Pública da USP, Simone Diniz, que tratou dos impactos da pandemia sobre a saúde materna. De início, tratou do que seria o significado deste conceito. “É um conjunto dos componentes da saúde sexual e reprodutiva e um deles é mais integrado nas políticas do que outros”.

Outra questão que chamou a atenção durante o pico da pandemia foram os exames pré-natais. No início, todos estes procedimentos foram suspensos e, logo em seguida, foram implementadas as teleconsultas, para salvaguardar as mulheres que estavam grávidas. “Com o recuo, houve um retorno importante à normalidade deste serviço de saúde”, ponderou.

Todo o trabalho feito para a saúde maternal, na visão de Simone, foi de fundamental importância, junto da vacinação, que impactaram demais nas políticas públicas. “Estamos conseguindo manter em alta as taxas de vacinação contra a COVID e, além disso, afastar as mulheres grávidas e colocarem-nas em trabalho remoto foi uma conquista, sobretudo, na questão da vulnerabilidade que esse grupo tem de forma severa. Foi um conjunto de avanços que ajudou demais”.

A segunda palestrante da noite foi a Dra. Helena Sato, da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, que falou dos impactos da COVID na cobertura vacinal infantil. Começou trazendo alguns números da pandemia no Estado divididos entre homem e mulher, por faixa etária. “É importante, enquanto cidadãos, independente de ter filhos ou não, não baixar a guarda. Precisamos melhorar bastante as nossas coberturas vacinais para que não tenhamos retorno de doenças como poliomielite, por exemplo”.

Sato trouxe um número que preocupa: a meta para cobertura vacinal para crianças menores de 7 anos não vem sendo atingida desde 2016. “Essas vacinas são adequadas. Não estamos chegando aos 95% e a gente, enquanto gestor, tendo família, filhos, é importante demais dizer aos mais próximos que precisa se vacinar. O Brasil tem um dos calendários mais completos do mundo, mas ainda assim, não estamos cumprindo esses objetivos”.

E os motivos são vários: fake news, desconhecimento do calendário, medo da reação, sobrecarregar o sistema imunológico, acreditar que a doença vai sumir, falta de tempo, desabastecimento, entre outros. “O nosso papel enquanto profissional de saúde é fundamental, não podemos deixar que doenças que foram erradicadas, retornem”.

Depois, a professora da UFMG, Raquel Zanatta, falou dos impactos das crises sanitárias na fecundidade e na saúde sexual e reprodutiva. A palestrante trouxe alguns pontos interessantes de outras epidemias que foram vividas no Brasil, como o zika vírus. “Durante essas grandes epidemias, hospitais públicos ficavam superlotados e sobrecarregados, o que diminuía em muito a confiança nos serviços de saúde”.

Zanatta relembrou também as campanhas publicitárias da época desta epidemia, que tinham como foco as mulheres grávidas. “Grande parte deste material eram símbolos para evitar o criadouro do mosquito, mas muitas delas foram feitas voltadas para a gestante. E embora muitas dessas medidas sejam de fato importantes, as mulheres poderiam ser infectadas, mesmo tomando todas as precauções possíveis”.

Alguns fatores foram observados em sua pesquisa como, por exemplo, a queda da renda de domicílio para mulheres grávidas, maior trabalho junto às crianças, e a concordância de que o governo deveria garantir métodos para evitar a gravidez.

Por fim, as palestrantes do evento responderam a perguntas feitas por Alessandra Pellini, da UNINOVE, e do público on-line que acompanhou o debate. Assista, na íntegra, à mesa 4 do Ciclo de Debates: 


Marian Bellamy, professora da EGC do TCMSP


Simone Diniz (professora da USP)

Helena Sato (da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo)


Raquel Zanatta (professora da UFMG)

 

 

 


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