Assessoria de Imprensa, 23/03/2022
O webinar "Como melhorar sua inteligência emocional com PNL" marcou a 15ª edição do programa Ecos do Comportamento, uma parceria da Escola Superior de Gestão e Contas Públicas (EGC) do Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCMSP) e da Gestão das Relações do Trabalho (GRT), com apoio da Associação dos Servidores do Tribunal de Contas do Município de São Paulo (ASTCOM) e do Fórum Nacional de Auditoria do Instituto Rui Barbosa (IRB). O evento, que aconteceu na tarde de terça-feira (22/03), teve a presença marcante da mestre em Gestão de Pessoas, professora e autora, Verônica Ahrens, para palestrar.
Segundo a Sociedade Brasileira de Programação Neurolinguística (SBPNL), a PNL é aquilo que nos permite compreender melhor nosso funcionamento interno, identificar nossos modelos mentais, para que possamos questioná-los, refletir sobre eles e se é preciso ressignificá-los. Dentro do ambiente de trabalho, por exemplo, "a PNL vai ajudar a acessar os recursos internos para ampliar as possibilidades de escolha sobre as atitudes", observou a mediadora do evento, Luiza Correia Hruschka, que é gestora das Relações do Trabalho no TCMSP e professora da pós-graduação da EGC.
Um dado extremamente relevante, exposto por Ahrens, é que nos últimos 10 anos houve um aumento de 18% em casos de depressão. "Esse, inclusive, tem sido um grande alerta para a sociedade como um todo, imaginando que pode ser uma das doenças mais incapacitantes no futuro. Só no ano passado, a busca no Google por temas relacionados à saúde mental aumentou 98%. [...] Precisamos atentar porque isso está presente na nossa sociedade, na nossa população. O Brasil em si tem casos crescentes de transtorno de ansiedade, estresse, muitas vezes vinculados a questões do trabalho, mas eu diria que somado a isso há a nossa autogestão, aprendermos a olhar para isso", explicou Verônica.
A essa autogestão se dá o nome de inteligência emocional, uma das 10 competências do futuro, de acordo com o Fórum Econômico Mundial de 2019. A palestrante usou o autor Daniel Goleman em "O poder da inteligência emocional" para expor quais são os quatro pilares da inteligência emocional:
- Autoconsciência: a capacidade de reconhecer e compreender seus pensamentos, emoções e impulsos;
- Autogestão: controlar ou redirecionar impulsos e humores negativos. Pensar antes de agir ou falar;
- Consciência social: a capacidade de perceber e compreender a constituição emocional das outras pessoas;
- Gestão das relações: competência em administrar relacionamentos e construir redes sociais.
Verônica disse que PNL está muito ligada ao processo de pensamento, em como cada um organiza suas ideia e ações que produzem resultados esperados e inesperados; depois como as pessoas organizam isso dentro delas a partir de sua história de vida, usando os sentidos para entender o que está acontecendo ao seu redor (o tato, o olfato, o paladar, a visão), e a linguística e como ela influencia cada um, de forma verbal e não verbal. "A PNL se estruturou nesses três principais pilares e foi construindo ferramentas dentro disso: como eu recebo informações do ambiente, como eu processo internamente essa informação e, a partir desse lugar, como eu trago isso para fora. É bem interessante porque nos traz uma grande visão que tem a ver com o nosso funcionamento e se eu entendo como funciono, posso entender aonde tenho usado recursos favoráveis, onde em áreas da minha vida não tenho recursos tão favoráveis e aí temos a possibilidade de desenvolvimento", destacou.
A PNL ajuda na saúde emocional quando o ser humano consegue praticar a autoconsciência. "O quanto eu noto sensações que estou tendo, emoções que estão presentes, os meus pensamentos e os meus impulsos. Então, na PNL quando começamos a aprender sobre essa nossa estrutura interna, a gente começa a notar mais isso", constatou Verônica.
A aplicação da técnica vem com a autogestão. "O que eu penso vai interferir no que eu sinto. O que eu sinto também vai interferir no que eu penso. E isso vai influenciar no meu comportamento. Então, se a gente fala que a inteligência emocional envolve essa decisão de qual comportamento eu desejo ter, não significa que não vou ter a emoção, não significa que eu não vou ter o pensamento, mas o ponto é o que vou fazer diante dessa emoção, desse pensamento. O convite é trabalharmos essa estrutura interna que permite ter um comportamento externo mais favorável", completou a palestrante.
Luiza questionou Verônica sobre como a PNL pode ajudar nos pilares da inteligência emocional relacionados tanto com a consciência social quanto com a gestão das relações. "Para alcançar a consciência social, e começar a perceber o outro, primeiro a gente tem que se ler, se perceber, porque só percebendo em mim emoções e pensamentos é que consigo imaginar que isso também está acontecendo dentro do outro. E a PNL trabalha com pressupostos, que a gente fala que são os princípios da PNL, e que os princípios da PNL, que são muito da base que usamos, são um convite para uma mudança de atitude que nos ajuda a construir essas relações mais favoráveis."
Por fim, a especialista alertou para a necessidade de desmistificação de questões relacionadas à inteligência emocional. "Saber que as emoções fazem parte de quem nós somos como humanos. Da mesma forma, se eu lidero outras pessoas, ali há emoções presentes, preciso saber que isso é natural por ser um outro ser humano à minha frente; não devo achar que só porque estamos em um ambiente profissional as emoções não poderiam estar presentes. A gente precisa desmistificar", aconselhou.
O Ecos do Comportamento é um programa que tem como objetivo trazer temas importante para o autoconhecimento e para o desenvolvimento das competências comportamentais e socioemocionais.
Assista a 15ª edição do programa completo aqui:
