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Assessoria de Imprensa, 23/08/2017

Muito suscetíveis a erros, os primeiros projetos da construção civil foram elaborados e implementados por tentativas. Com a chegada da tecnologia, modelos como o BIM (Building Information Modeling) corrigiram falhas. O fato ainda causa estranhamento nos projetistas tradicionais e, com o objetivo de ajudá-los a esclarecer dúvidas quanto à sua eficácia no segmento, a Escola de Contas realizou, em 23 de agosto, o workshop "Introdução ao BIM", com o professor Marco Brasiel, da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP).

 

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O professor Marco Brasiel, da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), conduziu o workshop que apresentou a tecnologia

A chegada da prancheta trouxe mobilidade para que o projetista pudesse transportar suas ideias para o canteiro de obras. "Essas ideias se resumiam em desenhos feitos manualmente", conta o professor. A grande mudança foi quando surgiram as plataformas de software, como o AutoCAD. "O AutoCAD continua sendo a plataforma mais usada para elaboração de projetos", afirmou. Mas as demandas por melhorias tecnológicas aumentaram e o CAD abriu caminhos para que surgisse o BIM, "modelos inteligentes, com informações e desenhos sempre tridimensionais, que vêm para sanar uma série de problemas que o CAD tinha, principalmente a respeito da revisão de projetos", completa Brasiel.

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O conceito BIM surgiu na década de 1970, por intermédio do pesquisador e arquiteto Charles M. Eastman. Segundo o professor, Eastman não gostava de projetar com desenhos, principalmente pela ineficiência e redundância de informações no resultado. "A modificação de um desenho anulava todos os outros". Foi em 1980 que surgiu, de fato, o primeiro software que apresentou os conceitos BIM: o ARCHICAD.
Já em 2000, nascia o Revit, modelo atualizado que permitiu diversas melhorias em termos de programação e conceito. Ele possui uma interface gráfica elaborada e permite projetos maiores.

Mas, afinal, o que é o BIM?

O BIM corresponde a um conjunto de políticas, processos e tecnologias que criam uma metodologia para gerenciar a elaboração e os dados de projetos, em formato digital, ao longo de todo ciclo de vida do empreendimento. "Existem dois pontos que quero destacar: primeiro não estamos falando somente de softwares, porque eles estão na parte de tecnologia. Estamos falando de processos, a forma de realizar os projetos e, também, de questões políticas. A segunda coisa é a expressão 'ciclo de vida do empreendimento'. Esse conceito visa atender a todas as etapas da construção. Vamos ter software para cada processo, trabalhando sempre com a base sólida de informações", assegurou Brasiel.

Então, para a construção civil que, de uma maneira geral, se mantém com o mesmo nível de produtividade, basicamente, desde a década de 1960/70, se comparada às outras indústrias, o BIM, sem dúvida, é algo que traz muito mais produtividade.
O conceito pode ser aplicado em quatro áreas principais: planejamento, projetos, construção e fase de operação. "Na fase de planejamento, por exemplo, podemos usá-lo para fazer a modelagem das condições existentes. Outro uso interessante é na estimativa de custos. Se a gente sabe que os elementos têm informação e o computador consegue nos indicar a quantidade de elementos, volume de materiais desses elementos e as áreas de superfícies, a estimativa de custo vai ser, naturalmente, algo consequente do BIM", explicou. Em termos de projetos, o BIM pode ser usado na estrutura, na elétrica e hidráulica. "Conseguimos tirar análises estruturais também", observa o professor. Na parte de construção, usa-se no planejamento, na fabricação digital e em outros setores. "Operação é praticamente facilities", garante Brasiel, apontando para um gráfico com os 25 diferentes usos do BIM.

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O engenheiro José Roberto Mastroeni mediou o workshop

Para que dê certo, é necessário um trabalho colaborativo de todas as partes, com especificação e compartilhamento de informações. Quanto ao controle de qualidade, mostra que pode ser feito por vistas (plantas, cortes) específicas com filtros, listas de verificação e software especializados. "O que é importante em termos de controle de qualidade é a integridade dos dados. Garantir que o que está lá é o correto", afirmou.

Por fim, Brasiel destaca que é importante respeitar o manual de contratação e tomar cuidado com a capacitação dos usuários e incorporação do produto. Ressaltando ainda que “o BIM surgiu para fechar o ciclo do papel de uma vez por todas”.

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O evento contou com a participação da engenheira Edna Franzillio nos debates.

A Escola de Contas agradece a participação dos palestrantes e de todos os que assistiram na plateia ou por mídias digitais (página no Facebook e canal do YouTube).

Confira aqui o workshop completo.

 


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