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Assessoria de Imprensa, 06/10/2017

O programa "Encontros na Escola de Contas" recebeu em sua oitava edição, realizada em 5 de outubro, o fundador e presidente do Centro de Liderança Pública (CLP), Luiz Felipe d'Ávila. Membro do Conselho da Fundação Fernando Henrique Cardoso, do Instituto Millenium e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luiz Felipe falou ao sociólogo Jessé Souza e ao jornalista Florestan Fernandes Jr. sobre as ideias que defende em seu livro 10 mandamentos do país que somos para o Brasil que queremos.


IMG CORPO ID 565 1Luiz Felipe d'Avila, fundador e Presidente Centro de Liderança Pública (CLP)

Sua posição é clara: ele defende reformas liberais para modernizar o país e, como primeiro mandamento, propõe o fim do presidencialismo. "Na verdade, o que nós gostamos no presidencialismo é o autoritarismo na figura do Executivo. Isso causou distorções no equilíbrio dos poderes, o que levou o Brasil a ter inúmeras crises institucionais", justificou.

A solução, segundo ele, encontra-se no parlamentarismo. "A meu ver, o parlamentarismo parece o melhor regime para resolver crises de governo sem se tornar uma crise de Estado. Mas, para que o parlamentarismo funcione, é preciso mudar, primeiramente, os incentivos desse sistema político, mais especificamente, desse sistema eleitoral", ponderou. Para Luiz Felipe, antes que o parlamentarismo seja adotado é necessária a implementação do voto distrital misto. "O voto já se distritalizou. A maior parte desses parlamentares se reelegeu pelo sistema parlamentar e, mais do que isso, com uma campanha de 70% a 80% mais barata”, afirmou D'Avila, que garante que esse sistema de governo parlamentarista fortalece os partidos políticos e permite que o eleitor cobre e fiscalize o seu parlamentar.

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Livro "10 Mandamentos – do país que somos para o Brasil que queremos" foi tema do programa

O cientista político credita parte da crise que vivemos no Brasil à omissão da sociedade na política. "Durante muito tempo apenas delegamos o poder por meio do voto e achamos que isso é participação política. Para a democracia funcionar é preciso uma participação cívica ativa", garantiu. Sua aposta está na tecnologia e no espírito público da jovem geração. "Hoje, a jovem geração se preocupa com o mundo público, se engaja. O mundo em rede permite essa relação de iguais entre as pessoas. Esse é o trunfo das mudanças transformadoras que precisamos realizar no Estado brasileiro”, acredita.

Outra vertente de sua visão contempla a Economia, sob um ângulo que denomina de política economista. "Só existe um jeito de dobrar a renda sem a política assistencialista: produzindo bens de maior complexidade. A política economista trona o país mais competitivo internacionalmente”, afirmou. Para ele, o sistema financeiro vai ter que se reinventar em uma economia de baixa taxa de juros e estabilidade política monetária. “O Brasil gasta muito mais do que arrecada. Nós vamos entrar em 2018 com um rombo de R$ 169 bilhões. Ou seja, em um país que gasta mais do que arrecada, o mercado só empresta dinheiro se a taxa de juros estiver no céu, tudo isso por medo de não ser pago", argumentou.

E para sair do estado assistencialista, tornando-se um estado prestador de serviço, o Brasil precisa, segundo Luiz Felipe d'Ávila, de reforma na capacidade de avaliar e mensurar o resultado de políticas públicas. "Precisamos governar o país com mais evidências e menos achismo", sugeriu.

Por fim, o cientista político defendeu que é missão do país investir em uma educação pública de qualidade. "Temos que resgatar o prestígio da carreira do professor e investir na escola pública. Só vejo a desigualdade terminar ou diminuir quando tivermos uma educação pública de qualidade.”

Assista ao programa completo aqui.

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