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Assessoria de Imprensa

A série de debates sobre as políticas urbanas vistas pela ótica das Cidades Inteligentes (Smart Cities) teve continuidade na Escola de Gestão e Contas do Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCM), nesta terça-feira (22/10), com a realização do seminário técnico sob o tema “Cidades Inteligentes e Mobilidade Urbana”. 

 O evento contou com o apoio institucional da ONU-HABITAT e integra o Circuito Urbano 2019, que ocorre durante o mês de outubro e versa sobre temáticas de desenvolvimento urbano. Integrando a iniciativa, a palestra se relacionou fundamentalmente com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 11, que diz respeito a ‘Cidades e Comunidades Sustentáveis’.

A exposição teve a presença dos participantes, entre eles o professor Alberto Quintanilha, do- IEE USP; da professora Maria Alexandra Cunha, da FGV EAESP; e, Olivia Aroucha, assessora técnica da Diretoria de Planejamento de Transporte, representando a SPTrans.

Com mediação de Sofia Rolim, assessora do gabinete do conselheiro dirigente da Escola de Gestão de Contas do TCM, Mauricio Faria, a abertura tratou da Agenda 2030 – pacto global pelo desenvolvimento sustentável – elaborado pela ONU junto com todos os países membros, em parceira com o Brasil pela implantação desses objetivos.

O professor Alberto Quintanilha iniciou sua participação apresentando o conceito de geoprocessamento como ferramenta para as cidades inteligentes e citou algumas das aplicações já existentes em São Paulo, mas que precisam ser melhoradas no que diz respeito à redução de consumo de energia e água; aumento da capacidade de utilização de infraestrutura existente; além de permitir a participação do cidadão com todos os serviços, tanto público quanto privado, da maneira mais adequada a suas necessidades.

Quintanilha trouxe à discussão a definição de sensoriamento remoto, inserida no conceito de geoprocessamento, e exemplificou algumas de suas aplicações para as ‘Smart Cities’ que abrangem áreas como telecomunicações, segurança, saúde e educação. Para o professor, a capital paulista está na direção certa: “São Paulo é uma cidade resiliente. Acontece um monte de coisa todo dia, tem chuva que inunda tudo e São Paulo continua funcionando. No mesmo dia ou no dia seguinte está todo mundo indo trabalhar ou para a escola, não muda”, afirmou ele.

Para o palestrante, embora o geoprocessamento traga vantagem para as cidades, ainda possui algumas limitações. Entre elas estão a dificuldade na coleta de dados, falta de experiência no planejamento do geoprocessamento e do conhecimento das capacidades do sistema. De acordo com Quintanilha, a base de dados é o componente mais importante do Sistema de Informações Geográficas (SIG) – conjunto de software e equipamentos preparado para trabalhar com sensoriamento espacial.

Por vídeo conferência, a professora Maria Alexandra Cunha ficou responsável por apresentar o papel da tecnologia para a redução das desigualdades, abordando uma perspectiva pelo lado do cidadão e da cidadã. Para ela, “a tecnologia, eventualmente, gera exclusão e, sozinha, não vai resolver isso”, portanto é preciso conhecer a visão do indivíduo, diferente da visão do governo, influenciada por gênero, idade, renda e localização.

A disponibilização de informação em tempo real é necessária à economia de tempo e para fazer conexões rápidas. De acordo com a professora, 26% da população brasileira não possui serviços digitais, portanto, desenvolver espaços digitais não é o suficiente, é preciso criar condições de acesso e capacidades que influenciem o uso desses serviços.

Abordando o conceito de mobilidade, Cunha tratou do tema sistemas de transportes sustentáveis, seguros e conectados, integrando todas as modalidades. Segundo a professora, essas transformações devem “ser feitas para funcionar de maneira que as pessoas não precisem se deslocar excessivamente para trabalhar e estudar, não sobrecarregando a cidade”.

A professora ainda apresentou o seu estudo “Smart Cities: transformação digital de cidades”, desenvolvido pela Faculdade Getúlio Vargas (FGV), em 2016. A pesquisa contou com a participação de 10 cidades da Espanha, de 15 do Brasil, abrangendo ao menos duas cidades de cada região brasileira. Como resultado, foi notada a diferença entre o grau de importância sobre alguns itens que os moradores dos diferentes países dão para setores como saúde, educação e segurança.

Ficou por conta da engenheira especialista, com mais de 35 anos de experiência, Olivia Aroucha, falar sobre o sistema de transporte público coletivo por ônibus em São Paulo e os seus desafios. A assessora começou sua explicação demonstrando a estrutura que trata da mobilidade na cidade, apresentando a Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes, que mantém as empresas Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e a São Paulo Transportes (SPTrans), além dos Departamento de Transporte Público (DTP) e Departamento de Operações do Sistema Viário (DSV).

Abordando a mancha urbana, Aroucha falou sobre sua evolução que, após a década 70, se espalhou pelos municípios vizinhos. A engenheira ainda afirmou que, embora a cidade tenha 17,5 mil km de vias, cerca de 25% delas são atendidas pelo transporte por ônibus, com apenas 12 corredores exclusivos. Para ela, a principal dificuldade em implantar novas estruturas para o ônibus é, principalmente, a resistência da população usuária de carro, que impede essas modificações.

Também foi apresentada a estrutura da SPTrans, informando a frota disponíveis para os usuários e algumas comodidades como wifi, ar-condicionado e entrada USB, além da possibilidade de embarcar com bicicletas, integrando os dois tipos de mobilidade. A engenheira também falou sobre a criação do ‘Olho Vivo’, desenvolvido no Laboratório de Inovação em Mobilidade (MobLab), que contém a programação de horários de partidas e itinerários dos veículos da linha selecionada, se adequando à realidade do usuário quanto ao acesso da informação sobre seu transporte.

O público pôde fazer questionamentos aos debatedores sobre o tema ao final das apresentações. Como se trata de uma série de debates temáticos, estão previstos novos seminários, apresentando diferentes políticas urbanas que possam ser repensadas pela perspectiva de Cidades Inteligentes.]

Assista abaixo as entrevistas com assessora técnica da Diretoria de Planejamento de Transporte, Olivia Aroucha, e com o professor Alberto Quintanilha, ou clicando aqui

 


 maria alexandra cunha
A professora Maria Alexandra Cunha, da FGV EAESP, participou por vídeo-conferência

 

cidades inteligentes sofia

Sofia Rolim, assessora do gabinete do conselheiro dirigente da Escola de Gestão de Contas do TCM

cidades inteligentes harmi
Microfone aberto para plateia.

cidades inteligentes olivia rocha

Assessora técnica da Diretoria de Planejamento de Transporte, Olivia Aroucha

cidades inteligentes quintanilha

Professor Alberto Quintanilha


No final, recebimento dos certificados.

o final, recebimento dos certificados

 


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