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Assessoria de Imprensa, 13/08/2020

A Escola de Gestão e Contas (EGC) do Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCMSP) promoveu, nesta quarta-feira (12/08), um encontro online para discutir como as pessoas estão lidando com suas emoções nesse período de isolamento. A live, mediada pela Gestora de Relações do Trabalho do TCMSP, Luiza Correia, contou com a presença da médica especialista em Psiquiatria, com residência médica em Psiquiatria pela UNESP (Botucatu), Dra. Filomena Wolff, e a psicóloga clínica, terapeuta cognitiva-comportamental e sistêmica, pós graduada em Prevenção e Tratamento das Depedências – Álcool e Drogas – pela UNIFESP e participante do programa “Personal Care”, Márcia Amyuni.

Nesse período pandêmico, cada indivíduo tem um tipo de reação em relação a isso. E quando questionada sobre a causa desses diferentes comportamentos, a especialista em psiquiatria Filomena Wolff explicou que existem dois tipos de pessoas: as que sentem medo, e as que não sentem. O medo, de acordo com as especialistas, não é sentimento ruim, afinal, aqueles que são totalmente destemidos acabam, muitas vezes, colocando não só as suas vidas em risco, mas as de outras pessoas também. No cenário atual, a falta de “pudor” em relação às suas atitudes acaba fazendo com que esse sujeito se exponha mais ao vírus, elevando as chances de propagação da doença. Por outro lado, aqueles que têm muito medo, acabam adoecendo, pois entram num quadro de extrema ansiedade e preocupações excessivas.

A Dra. Filomena Wolff explicou que nesse momento é importante achar um equilíbrio em relação às nossas emoções. O ponto fundamental, segundo ela, é sermos racionais, para que possamos tentar levar uma vida normal, sempre respeitando as limitações que o momento pede, para que não nos afundemos numa solidão.

Estamos passando por um período de flexibilização, em que as empresas estão se programando para voltar às suas atividades presenciais, e essa situação gera diferentes tipos de sentimentos nas pessoas. De acordo com a terapeuta Márcia Amyuni, as informações que recebemos sobre a pandemia, ainda hoje, não são tão seguras e nos causam preocupação. Existem ainda muitos mistérios sobre a pandemia, sobre a própria doença, o que causa insegurança. Muitos pacientes, segundo a terapeuta, não sabem como agir diante da situação: será que estou certo de ficar em casa, enquanto outras pessoas estão saindo, ou será que eu estou doido? – se questionam.

A Dra. Filomena Wolff disse que há uma contradição passando na cabeça das pessoas. Muitas não sabem se querem, ou não, voltar ao trabalho presencial e deixar suas casas, onde sabem que estão seguras. Essa sensação, de acordo com a terapeuta Márcia Amyuni, tem um nome. Em 1.900, na América do Norte, era muito utilizado o termo “Síndrome da Cabana”, pois os trabalhadores ficavam em suas cabanas durante invernos longos, e quando chegava o verão, e eles tinham que sair, alguns deles desenvolviam sintomas de ansiedade, depressão, pânico, pois se sentiam tão protegidos que, quando precisavam sair, ficavam com medo. Na opinião da terapeuta, esse termo voltou a ser utilizado para pessoas que ficam em isolamento por muito tempo, como ocorre atualmente.

O encontro foi muito além da sua proposta inicial de discutir as variações emocionais durante a pandemia. As especialistas acabaram ampliando o debate para os problemas psicológicos do ser humano, como a depressão e o pânico. Com isso, acabaram por desmistificar o verdadeiro propósito dos medicamentos tarja preta e antidepressivos.

Assista a live completa:

 

 


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