Assessoria de Imprensa, 10/12/2020
Na sessão plenária dessa quarta-feira (9/12), o Colegiado do Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCMSP) prestou homenagem ao conselheiro Edson Simões, que se aposentou após mais de 23 anos dedicados ao TCMSP.
Nas suas saudações pessoais, todos os membros do Colegiado se somaram ao destacar a dedicação do conselheiro à Instituição durante esses anos de trabalho, seu vasto conhecimento em vários campos do saber e a defesa firme das suas ideias, com muito estudo, planejamento, liderança e civilidade.
O presidente João Antonio recorda que Simões sempre soube “conduzir bem os debates, as discussões e a busca das melhores saídas, quando temas complexos foram trazidos ao Plenário, na medida dos desafios e do tamanho de São Paulo no campo da Administração Pública.”
Durante a sua homenagem, o presidente da Corte também falou sobre o papel decisivo que Simões teve em conquistas de peso para o Tribunal de Contas, destacando a construção do edifício da Escola de Gestão e Contas Públicas e o seu funcionamento nos moldes atuais.
Para finalizar a homenagem, o presidente João Antonio dedicou a Simões um poema de sua autoria, chamado “Amigos de Outrora”:
“Cheguei na hora certa.
Tudo que eu mais queria era assistir aquela cena.
Ali não havia competitividade, todos compartilhavam o que tinham, e os sentimentos de altivez apenas celebravam as atitudes solidárias.
O espaço não era demarcado pelas diferenças – eram os diferentes que faziam daquele espaço um ambiente saudável.
Todos sabiam exatamente o seu lugar.
A arrogância era tratada com desprezo e o termo malquerença, estranho aos hábitos dos que ali estavam, não contaminava a liberdade criativa.
A presunção se limitava às hipóteses verdadeiras e nunca às aparências indevidas, indesejadas – sorrateiras.
Os que ali se encontravam sabiam o valor da solidariedade.
A utopia ali não tinha o significado de “lugar nenhum”.
Falavam da vida e de uma república imaginária…
Os sentimentos se confundiam com os propósitos – e os propósitos com a necessidade de um mundo mais humano.
Saudavam os amigos que partiram, choravam os que mudaram de lado…
Todos entoavam cantos libertários, falavam de conquistas, dos erros e dos acertos, das suas realizações e do inatingível…
Como é bom encontrar velhos amigos.”
O conselheiro Edson Simões agradeceu a cada um dos membros do Colegiado e a todos os servidores da Casa e do seu gabinete, informando que sua decisão pessoal deu-se após mais de 50 anos de trabalho, dos quais quase metade dedicou ao TCMSP.
Na oportunidade, manifestou que aprendeu muito durante mais de duas décadas de convivência com seus pares e com as várias áreas do Órgão, citando um trecho do poema “Samba da bênção”, de Vinícius de Moraes, que diz: “A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida”.
Emocionado, Simões disse “sentirei falta do TCM e me esforcei bastante para fazer o melhor pela Instituição”, lembrando da importância do trabalho realizado pelo Órgão responsável por auditar as contas de um município com a grandiosidade de São Paulo.
Mais uma vez citando trechos do poema de Vinícius de Moraes, o conselheiro despediu-se de todos, deixando uma mensagem de otimismo, mesmo diante dos desafios impostos pelo contexto mundial atual:
“É melhor ser alegre que ser triste
Alegria é a melhor coisa que existe
É assim como a luz no coração”
Ao longo da sua trajetória no TCMSP, Edson Simões exerceu sete mandatos de presidente, tendo também sido vice-presidente e corregedor do Tribunal, cargo que ocupou até a solicitação da aposentadoria. Também foi um estudioso do Controle Externo no País e no mundo, sendo autor de várias obras sobre o tema.
A sua aposentadoria foi publicada na edição de 9/12 do Diário Oficial da Cidade.
