Estrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativa
 

Assessoria de Imprensa, 12/04/2023

Os marcadores capazes de mensurar os efeitos das desigualdades que assolam a sociedade brasileira foram discutidos em evento online promovido na terça-feira (11/4), pela Escola de Gestão e Contas (EGC) do Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCMSP). O tema foi apresentado pelo professor da Faculdade de Economia da Universidade Federal Fluminense, Fernando Mattos.

O palestrante destacou, inicialmente, que as discussões sobre desigualdades vêm tomando corpo ao longo das últimas décadas, sobretudo em função das práticas de política econômica adotadas no período.

Segundo o especialista, nos países desenvolvidos, a desigualdade econômica medida pela renda ou pela riqueza diminuiu durante os 80 primeiros anos do século XX, especialmente por conta da destruição física decorrente das duas guerras mundiais e da depressão do período entre guerras. A partir da década de 80, com a eleição de Margaret Thatcher na Inglaterra e de Ronald Reagan nos Estados Unidos, os índices de desigualdade voltaram a subir.

Em outro ponto da palestra, Mattos chamou a atenção para o que acontece no topo da pirâmide distributiva, onde se situa a parcela mais rica da população, de 1%. A parte da renda nacional que este segmento absorve cresceu de maneira muito rápida nos últimos tempos. O professor defendeu que o debate sobre desigualdade econômica, nas duas últimas décadas especialmente, tem revelado a importância de discutir as rendas do topo dessa pirâmide.

Índices de Gini e de Palma

Ele explicou, ainda, sobre o Índice de Gini, criado pelo matemático italiano Conrado Gini, um dos mais utilizados nos estudos de desigualdade de renda, que aponta a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos. Também abordou o Índice de Palma, que é a razão entre as rendas dos 10% mais ricos e a dos 40% mais pobres de cada país.

Quanto ao Brasil, o especialista afirmou que, durante os mandatos do presidente Lula, a desigualdade diminui. No entanto, desde 2016, houve aumento significativo. Mattos sustentou, ainda, que as diferenças tendem a aumentar ainda mais, por conta dos altos juros que favorecem aqueles altos investidores.

Após a exposição, o palestrante respondeu as perguntas formuladas pelos participantes que acompanharam o encontro em tempo real pelo canal da EGC no YouTube.

O evento contou com a mediação do chefe de gabinete da EGC e coordenador executivo do Observatório de Políticas Públicas do TCMSP, Marcos Barreto.

Acesse o evento na íntegra 

 

Economista Fernando Mattos

Chefe de gabinete da EGC e coordenador executivo do Observatório de Políticas Públicas do TCMSP, Marcos Barreto

 

Adicionar comentário

Código de segurança

Atualizar

 
 
 
 
 
 

 

Assine a nossa newsletter para receber dicas de eventos, cursos e notícias da Escola de Gestão e Contas.

 

INSCREVA-SE!