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Assessoria de Imprensa, 06/09/2019

Mesmo depois de ter sido anunciada como extinta, há 34 anos, a ditadura civil-militar brasileira (1964-1985) tem histórias que estão longe de ter acabado e que ficaram escondidas da população e dos livros. É o que revela o jornalista e escritor Eduardo Reina, que participou dessa edição do Projeto Bate-Papo com Autor, na manhã de sexta-feira (06/09), no auditório da Escola de Gestão e Contas Públicas do Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCMSP). Em seguida, Eduardo Reina lançou seu mais recente livro “Cativeiro sem Fim”, sobre bebês, crianças e adolescentes sequestrados durante a ditadura militar no Brasil.

Segundo o repórter e também escritor Caco Barcellos, que assinou o prefácio do livro, “Cativeiro sem Fim” fala de uma ação extremista do Exército contra os filhos de pais mortos e desaparecidos, especialmente durante as ações de combate aos militantes do Partido Comunista do Brasil, que atuavam na chamada guerrilha do Araguaia, no sudeste do Pará. “Trata-se de um remoto crime hediondo contra 19 bebês, crianças e adolescentes vítimas de sequestro; um segredo militar tornado público graças à coragem e à persistência do autor”, escreveu Barcellos.

"Percorri mais de 20 mil quilômetros no Brasil, li 19 mil páginas de livros e documentos com pelos menos 120 entrevistas", disse Reina durante o bate-papo. "Depois que fechei esses 19 casos, que estão relatados no 'Cativeiros sem Fim', entreguei todo esse material para o Ministério Público Federal (MPF) antes mesmo de o livro ser publicado. O MPF abriu cinco procedimentos, cada um em uma praça onde estão localizadas essas vítimas para apurar o que aconteceu. Desses cinco, sei que dois foram arquivados", disse Reina.

A obra estima que dos 19 casos de sequestro e apropriação de bebês, crianças e adolescentes pelos militares identificados até agora no Brasil, 11 são ligados à guerrilha do Araguaia. As vítimas são filhos de guerrilheiros e de camponeses que aderiram ao movimento. O livro conta que 11 sequestros no Araguaia foram realizados entre 1972 e 1974, durante as gestões dos generais-presidentes Emílio Garrastazu Médici e Ernesto Geisel.

Para contar um pouco mais sobre essa vertente da história registrada por Eduardo Reina, o escritor e jornalista Paulo Ferreira foi convidado para participar da roda de conversa. Ferreira deu testemunho vivo de quem é de uma região próxima de onde ocorreram aqueles acontecimentos. O moderador dessa edição do Projeto Bate-Papo com Autor foi o jornalista e professor de Comunicação Moacir Assunção.

“Quero nesse trabalho, além de recuperar fatos escondidos sobre a ditadura brasileira, tornar públicas as tristes histórias dessas pessoas que vivem até hoje num cativeiro sem fim, sem conhecer sua verdadeira identidade e seus pais biológicos”, encerrou o autor Eduardo Reina.

 


o moderador dessa edição do Projeto Bate-Papo com Autor foi o jornalista Moacir Assunção


Eduardo Reina lançou seu mais recente livro “Cativeiro sem Fim”, sobre bebês, crianças e adolescentes sequestrados durante a ditadura militar no Brasil


o escritor e jornalista Paulo Ferreira foi convidado para participar da roda de conversa.


o evento aconteceu na manhã desta sexta-feira (06/09)


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