Assessoria de Imprensa, 17/08/2021
Os resultados da pesquisa inédita que o Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCMSP) realizou com pais, mães ou responsáveis dos alunos da rede municipal da capital apontaram a necessidade de aprimoramento em diversas áreas do ensino, com a identificação de pontos de risco a serem considerados no planejamento de futuras auditorias.
A enquete on-line foi disponibilizada por meio de um link no site do TCMSP, entre os meses de maio e julho desse ano, com o objetivo de coletar informações sobre as condições de ensino oferecidas durante a pandemia de Covid-19. As questões abordaram os principais aspectos relacionados à oferta de ensino remoto e ao processo de aprendizagem durante a pandemia. A pesquisa também incluiu perguntas sobre a distribuição de tablets e acesso aos materiais escolares e uniformes. Outros pontos de interesse para o TCMSP, que fizeram parte da enquete, tiveram por objetivo coletar informações sobre o cumprimento dos protocolos sanitários nas unidades escolares.
Para responder à pesquisa, os pais ou responsáveis não precisaram se identificar e, por isso, não foi elaborado plano amostral, motivo pelo qual os levantamentos não possuem validade estatística. No entanto, as respostas fornecidas pelos 3.358 participantes da enquete refletem, em boa medida, a realidade atual do ensino municipal, seus pontos de vulnerabilidade e as melhorias necessárias que devem ser implementadas pela Secretaria Municipal de Educação.
No entendimento do relator da matéria, conselheiro Maurício Faria, essa aproximação dos usuários da política de Educação com os órgãos de controle permite a coleta de um fluxo de informações primárias de grande importância para o planejamento das auditorias.
Os dados da enquete mostraram que, em relação ao fornecimento dos tablets, mais da metade dos participantes (62%) relataram que ainda não receberam o equipamento adquirido pela Secretaria Municipal de Educação.
Quando o assunto é uniforme escolar, 84,3% dos pais ou responsáveis que participaram da enquete deixaram de comprar as roupas com o valor disponibilizado pela Prefeitura. E desse total, 49,7% informaram que a quantia para a aquisição não foi creditada no aplicativo criado para essa finalidade. Dos que adquiriram as peças oferecidas pela municipalidade, 50,4% responderam que o uniforme é melhor que o dos anos anteriores e 83,3% aprovam essa nova forma de aquisição das peças.
No item material escolar, 64,9% dos participantes da enquete não compraram com a verba da Prefeitura. O motivo mais citado para tanto, segundo 37,4% dos que responderam à pesquisa, foi a falta do crédito no aplicativo destinado para esse fim. Outros 26,4% alegaram que não o fizeram por problemas nos aplicativos. Dos que compraram, 52% acreditam que a qualidade do material adquirido é superior em relação aos outros anos e 84,2% aprovaram essa nova forma de distribuição.
Quanto ao cartão merenda, a enquete mostra que 91,5% dos que que responderam à pesquisa estão de posse do benefício.
Já em relação ao Google Sala de Aula, 34,3% dos participantes informaram que o aluno não consegue acessar a plataforma eletrônica.
Por fim, sobre a volta às aulas presenciais, 31,8% informaram que o estudante retornou. Desse, 87% relataram que a medição de temperatura é feita na entrada da escola e 86,8% mencionaram a exigência da utilização de máscara.
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