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*Victor Zacharias


Os meios de comunicação exibem conteúdos que desenham a realidade sobre a qual as pessoas constroem suas vidas, formam valores e funcionam no cotidiano da sociedade. Perceba que o assunto do mês de agosto de 2016 foi a Olimpíada, e as pautas das operações da polícia federal e do judiciário receberam menor destaque até o final das competições. Esse poder de estabelecer pautas na sociedade e no governo é seletivo e como estamos vendo tem escolhido mais alguns partidos do que outros para manchetes e editoriais negativos.

 


Há um movimento na educação chamado “Escola sem Partido”. Muitos especialistas em educação têm dito que é essencial que os professores apresentem todas as ideologias políticas e econômicas para que o aluno saiba das várias as teses dos pesquisadores e pensadores e adquira capacidade crítica para analisar e escolher entre as muitas alternativas. No entanto não é só na escola que se ensina. Os meios de comunicação também educam, é essa diretriz da diversidade e pluralidade deveria ser observada nesse setor.

 


Algumas páginas da rede social têm se dedicado às análises quantitativa e qualitativa. Essas pesquisas independentes comprovam que a mídia está tomando partido, sem alertar o cidadão para isso, principalmente nas manchetes e editoriais. O telespectador ou leitor não faz procura o contraditório do que é apresentado, provavelmente toma para si o discurso das corporações mediáticas e o reproduz no cotidiano como se fosse verdade absoluta e incontestável.


O jornalismo, à exceção dos artigos de opinião, tem por premissa reportar os fatos e informações bem fundamentados e apurados, para que a subjetividade do profissional ou da empresa não distorça o fato e o consumidor escolha, entre os vários pontos de vista da matéria, o seu. No entanto o que vemos são defesas de ponto de vista, argumentadas sem contraditório, tão frequentes, escancaradas e persuasivas que deixam de praticar o jornalismo apoiado no fato e no contraditório, para entrar no campo da propaganda que enfoca o convencimento.


Claro que não é proibido tomar partido, mas a ética jornalística, que a difere da publicidade, manda ter equilíbrio na divulgação das várias teses e lados de uma matéria ou fato publicados. A propaganda pode tomar partido, o jornalismo não deveria.


Dá para perceber que as empresas de jornalismo da chamada grande imprensa têm iludido o leitor e dissimuladamente fortalecido os pensamentos e tendências defendidas por seus proprietários e editores, que todo dia são publicadas, na maioria das vezes sem contraditório ou quando existe é só para constar que foi publicado. O resultado é que o consumo dessas informações e análises sem diversidade e pluralismo acabam catequisando e viciando muitos consumidores nesse jeito de informar monocromaticamente. Até por isso temos visto torcedores em todos os setores da sociedade que emocionados e anulam razões.

 


Os artigos aqui publicados não refletem a opinião da Escola de Contas do TCMSP e são de inteira responsabilidade dos seus autores.

 




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